top of page

Comida de Museu

  • Danielle Mendes e Flávia Marinho
  • 19 de set. de 2015
  • 2 min de leitura

Ingredientes fortes banhados de muito tempero. É assim a comida tipicamente baiana. Feijoada, mocotó, sarapatel, xinxim, bobó, moqueca, acarajé... Hum! Dá água na boca só de imaginar. Todas essas iguarias e tantas outras surgiram da criatividade dos moradores das senzalas, no período da escravidão. Na época, as carnes nobres eram separadas e preparadas aos senhores e o que sobrava era destinado aos escravos, que nem por isso deixaram de criar uma culinária tão rica, que à nós ficou de herança. Essa história, e tudo que a cerca, pode ser conferida no Museu da Gastronomia Baiana.


Desde 2006, o bairro do Pelourinho, no centro histórico de Salvador, abriga o Museu da Gastronomia Baiana, o primeiro do gênero na América Latina. O espaço, que é administrado pelo SENAC, assim podemos definir: pequeno e rico. Os visitantes iniciam o passeio nas Muralhas de Santa Catarina, o marco arqueológico mais antigo e importante de Capital, e cada ambiente revela um pouco de uma das culinárias mais marcantes do Brasil.


Para os que visitam o Museu pela primeira vez, é curioso ver os grandes painéis que retratam a Bahia através de sua cultura e, claro, culinária. As fotografias reúnem as tradicionais festas de largo e seus personagens, a religiosidade do povo baiano e o envolvimento da comida em tudo isso. Outro diferencial do espaço é a roupa das garçonetes, que se caracterizam de baiana para atender aos visitantes.


O Museu da Gastronomia foi a escolha da professora e historiadora, Lúcia Góes e de seus alunos. Lúcia, que desenvolve um trabalho didático de visitas técnicas em lugares turísticos do Estado, trouxe, para visitar o Museu, um grupo de crianças da quarta série primária, da cidade baiana de Feira de Santana, a 108 km da capital. “Com esse trabalho estou desenvolvendo a identidade das crianças também”, afirmou. A professora lembra, ainda, que visitar o Museu é, também, um processo de raiz. “É para valorização da cozinha africana, da cozinha baiana e para a degustação. Para a criança valorizar a degustação da comida com azeite”.



Ao meio dia, o grupo fez uma pausa para o almoço no restaurante do SENAC. É hora de saborear a comida baiana. “Com o tempo e com o apoio dos pais, e conhecendo, eles valorizam mais e fazem questão de comer, degustar, mostrar, levar, e trazer os pais aqui, valorizando também o tempero, a comida. Além de poder dizer ‘eu vim, eu provei, eu gosto ou eu não gosto disso’”, lembrou Lúcia. “O que sai disparado é o doce, mas as moquecas, com certeza, têm um lugar muito especial na vida dessas crianças”, finalizou a professora, comprovando a aprovação de seus alunos.



Dilene Victor, assim como as crianças da professora Lúcia, também ficou encantada com o Museu. Dilene saiu do Rio de Janeiro para visitar familiares em Salvador e, ao lado de dois amigos, conheceu o espaço. “Essa é a primeira vez que eu entro no Museu.

Realmente é muito legal”. Sobre a culinária baiana, ela define: “fantástica” e complementa, “Ontem quando cheguei fui recepcionada pela minha tia com uma farta culinária baiana. É bem temperada. É mágico. É uma comida, realmente, maravilhosa”.


Conheça! O Museu de Gastronomia Baiana está localizado no Largo do Pelourinho, 13/19, em Salvador/BA. Horário de funcionamento: De segunda à sábado, das 09h às 17h. Entrada Gratuita.



 
 
 

Comments


Destaque
Verifique em breve
Assim que novos posts forem publicados, você poderá vê-los aqui.
Tags

© 2023 por Amante de Livros. Orgulhosamente criado com Wix.com

  • Facebook Social Icon
bottom of page