top of page

A moda Underground invade a Bahia

  • Mônica Carvalho
  • 19 de set. de 2015
  • 2 min de leitura

Representando a manifestação cultural que foge aos padrões tradicionais, o Underground, que em português se traduz “subterrâneo”, é a expressão dos movimentos que ficam a margem do reconhecimento social. O conceito tem a intenção de subverter condutas capitalistas, valorizando tudo aquilo que não agradaria a mídia comercial. Intenso, o estilo engloba música, arte, comportamento e, claro, o que mais nos interessa: moda.


Há quem o critique pela irreverência, mas, no universo da moda, o Underground vem ganhando espaço e conquistando adeptos. Novas marcas surgem e trazem consigo o conceito em sua pura essência: definir e valorizar a cultura dos grupos sociais menos influentes na mídia. Nos produtos direcionados à um público com “atitude”, cabem tanto estampas inusitadas, como frases de protesto, desde que sejam diferentes do comum.



O Underground está diretamente relacionado ao rock, é o que ressalta a consultora de moda, Daniella Negromonte. “O estilo despontou na década de 90, com o surgimento das bandas alternativas de rock, Nirvana, Sonic Youth, Pearl Jam, entre outras”. Daniella evidencia, ainda, as particularidades e preferências das mulheres que aderem à moda: “Adoram uma calça jeans bem folgada, cheia de rasgos; saia xadrez; camisas com imagens de bandas de rock; short jeans e meia calça preta. Nos pés, não pode faltar uma bota com cadarço, da marca Dr. Martens. Não usam muitos acessórios, mas adoram uma tatuagem, e, como se espera de garotas rebeldes, adoram preto.




É fato que o estilo ganhou seu espaço e em Salvador não seria diferente. Por aqui, além de estar sob a influência do rock, a moda underground tem uma sacada social, de valorização das periferias e de quem vive nelas. A modelista Najara Black segue essa linha. Ela acredita que a moda dá força aos grupos étnicos e, em suas criações, através da irreverência do estilo, exalta a auto-estima e estética do povo negro. “O que se via era algo mais caricato e tradicional. Decidi investir numa moda com foco na originalidade”, complementa.



Originalidade é a palavra de ordem. “É preciso ter muita atitude”, afirma Daniel Guimarães, sócio da marca soteropolitana Só Quem É. Daniel enfatiza, também, o conceito libertário do Underground. Ele acredita que para aderir ao estilo é preciso ter espírito livre e não se deixar escravizar pela moda.


 
 
 

Comments


Destaque
Verifique em breve
Assim que novos posts forem publicados, você poderá vê-los aqui.
Tags

© 2023 por Amante de Livros. Orgulhosamente criado com Wix.com

  • Facebook Social Icon
bottom of page